quinta-feira, 3 de março de 2011

There's always someone who makes us break the rules!

                                               Lontrinha

Em resposta a certo texto:

De facto não tenho cavalo branco, não tenho carro e o mais que posso ter será com certeza o passe 4_18 com Carris, Metro e Rodoviária todos os meses. Já me levantei várias vezes uma hora mais cedo para te ver, para poder estar contigo e às vezes mais do que por um beijo, por um simples olhar e sabes que mais? Nos dias em que o passe não servia, caminhei o quanto foi preciso para te por um sorriso nos lábios. Não me arrependo nada! Simplesmente me limito a lamentar que hoje em dia, por motivos alheios a mim não o possa fazer como já fiz com todo o gosto. Posso ser demasiado leviano na forma como encaro algumas coisas, posso ser tarado, posso ser mulherengo, posso ser um despassarado do pior, mas esforcei-me para que soubesses que nos momentos em que precisas ESTOU SEMPRE AQUI. Sabes que mais? Todos os quilómetros que outrora andei valeram mais do que a pena simplesmente pela sensação de saber que o sabes tão bem quanto eu. Mais do que uma irritação, um sentimento tremendo de impotência, magoa-me que quem tem a oportunidade de te fazer feliz todos os dias não a tenha vindo a aproveitar da melhor forma e que quando eu a tive, fiz tudo o que podia e não podia e sem saber porquê, acabei por te perder. De facto, a distância que acabou por se criar entre nós durante mais de um ano fez-me esquecer-te, mas apenas no imediato e nunca na memória.

Não houve dia que não me passasses pela cabeça nas situações mais banais que possas imaginar. Dou-me por feliz por ter tido a oportunidade de te fazer sorrir milhares de vezes e de saber que consegui, ainda hoje é das coisas que mais prazer me dá. Já ganhei o dia apenas por te ver, mais do que um ano depois de "nós", sabes bem qual foi esse dia e sabes que não foste a única pessoa a fazer-me ganhar esse dia. Às vezes gostava que imaginasses a ligação que tenho a essa outra pessoa e que finalmente percebesses que não será de certeza maior do que a que tenho contigo. Não tenhas medo de exigir um sorriso, não tenhas medo de pedir demais, não tenhas medo de ser muito chata porque quem me dera a mim poder ainda hoje ser a pessoa a quem tivesses de exigir alguma coisa. Quem realmente gostar de ti, não te dá sequer oportunidade de pensares que és muito chata, muito melga, muito fora, etc... porque nos milésimos de segundo que levas a pensar nisso, essa pessoa já te fez sorrir de novo e é neste momento a pessoa mais feliz do mundo por ter essa oportunidade.

Não me irrita que eu não possa ser neste momento essa pessoa, irrita-me que quem tem essa oportunidade esteja tão longe de te fazer realmente feliz. Sei que não estás numa boa fase mas lembra-te que também temos uma palavra a dizer sobre um amanhã nem sempre tão incerto e que a pessoa que um dia te fará realmente feliz pode estar a 1 quilómetro ou pode estar do outro lado do mundo, mas está radiante por ter uma oportunidade de te dar um beijo na testa mais do que na boca e de te fazer sorrir de novo.

Desta vez, para além do já habitual abraço já gasto (para os senhores), deixo as meninas com um beijo na testa tal e qual aquele que gostava de dar nesta pessoa a cada minuto que passa. TODAY IS THE DAY, DON'T BE AFRAID TO FIGHT FOR A CHANGE, TO FIGHT FOR YOURSELF. LOVE YOU

5 comentários:

Anónimo disse...

Impressionada O.o quem me dera ouvir tambem isso, gostei :D

Guga disse...

É, todos temos o "outro lado" e de vez em quando também tenho de escrever alguma coisa que valha a pena ser lida :)
Coincidência ou não, hoje por acaso voltei a cruzar-me com esta pessoa e cada vez me arrependo menos. Até me pode magoar às vezes, mas faz-me sempre ganhar o dia e isso não tem preço.

André disse...

Boas!

Gostava de perguntar uma coisa, vendo esse texto:

Será que qualquer pessoa tem toda a liberdade para curtir a vida e se divertir sem nunca namorar?

Um gajo que aos 25 anos, desde a adolescência que só quer saber dos seus estudos quando está a estudar ou do seu trabalho quando está a trabalhar e nas horas vagas só quer saber de festas, de discotecas e de andar com gajas boas e giras é filho da mãe?

Ou será que toda a gente é obrigada a ter uma relação? Não basta ter amigos e familia? Eu sempre achei que ter uma relação romântica fosse muito limitante, pois a pessoa não pode andar com quem quiser, ir onde quiser e fazer o que bem quer da sua vida! Tudo bem que quando uma pessoa está seriamente apaixonada as coisas são completamente diferentes, mas falo nesta mensagem numa pessoa que com mais de 25 anos, já teve e tem muitos desejos e necessidades sexuais, mas nunca amou alguém dessa maneira e as pessoas mais importantes sempre foram familia e amigos, sem nunca ter estado apaixonado dessa forma, porém sempre que lhe aparece uma gaja boa e jeitosa ele fica babado a olhar...

André disse...

Ou seja, achas que todo o ser humano é obrigado a ter uma relação, mesmo contra a sua vontade própria? É que há pessoas que fora da sua vida profissional só querem curtir a vida e divertir-se sem obrigações...

Guga disse...

Cada um tem a liberdade de fazer o que quiser, onde quiser, com quem quiser e com a idade que tiver. Cada vez menos há preconceitos e cada vez mais as antigas coisas ousadas são agora normais. Este texto foge bastante à regra deste blog e daí o título que lhe dei, ou seja é dedicado a uma pessoa e não a um assunto, notícia, situação, acontecimento, etc... Mas curiosamente vi que escreveste que nunca estiveste apaixonado, talvez se um dia vieres a estar percebas o porquê de eu ter escrito este texto e acima de tudo, percebas o que está escrito nas entrelinhas. Acabando a resposta à tua pergunta, não és filho da mãe ou de outra coisa qualquer por andares com 2, 3 ou 4 raparigas, desde que elas saibam que é isso que acontece e que queiram o mesmo que tu. Este texto fala de uma coisa um bocado diferente e que se entende muito mais facilmente gostando de alguém, tem mais a ver com a atitude de alguém que contrasta completamente com o que diz e por outro lado, no sentimento de impotência que sente quem está "sentado a ver" sem poder fazer nada.